2/10/2014

O PRESENTE QUE VEIO DA GRÉCIA


Não é segredo para ninguém o que a Grécia representou para o mundo – principalmente para o Ocidente – em termos de civilização e cultura. Sua influência através dos tempos deu-se de maneira intensa e multiforme, tanto na literatura como na história, na política, na filosofia, no teatro e até nos esportes.

Foi ali que beberam Shakespeare para suas tragédias, Camões para sua épica, e até Freud, que buscou na nomenclatura e no drama situações para suas descobertas no terreno científico, além de muitos outros.

Nessa longa tradição, a figura inaugural foi Homero que no século VIII A.C. criou a poesia épica e com ela as magníficas Ilíada e Odisseia. Imagine-se a existência desses dois monumentos da literatura 800 anos antes da era cristã! São obras clássicas inspiradoras de toda uma linha de produção que veio a se cristalizar no Renascimento, já no século XVI de nossa era.

Depois da época arcaica – a de Homero e Hesíodo – sucedeu-lhe a Idade Clássica, representada pelos mestres da filosofia, do teatro e da história cujo apogeu aconteceu nos séculos IV e V A.C. A filosofia, centrada na tríade composta por Sócrates, Platão e Aristóteles, legou à humanidade a base por meio da qual se iniciam, até hoje, os estudos filosóficos.

O mundo grego, fundamentado no debate e na variedade de ideias, também o era nas guerras, tema consagrado pelos primeiros historiadores de que se tem notícia: Heródoto, denominado o pai da história, e Tucídides.
No período entre os séculos VI e V A.C., com o objetivo inicial de homenagear os seus deuses e antepassados, inaugurou-se a arte teatral, firmada mais tarde com os festivais dramáticos. Considerado também um evento cívico, o teatro teve em Sófocles (Édipo-Rei), Eurípedes (Medeia), Ésquilo (Os sete contra Tebas) e Aristófanes (Lisístrata) os seus expoentes.

(texto já publicado no jornal Cataguases)

3 comentários:

anna carolina disse...

Maravilha de texto, Joaquim. Que brilhante professor! Sorte de seus alunos...

anna carolina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
figbatera disse...

Muito bem, Quincas, é sempre um prazer ler os seus escritos.
Abraço!