10/13/2007

"MEIA-PATACA: A TERCEIRA MARGEM"

Primeiras recepções ao livro Meia-Pataca: a terceira margem:

Caro Joaquim Branco,
desde o instante em que recebi o Meia-pataca: a terceira margem até agora vou garimpando cada palavra do livro, a minha emoção tem sido única: semelhante à daquele desbravador no século XIX quando encontrou meia-pataca de ouro no riacho que corta a pequena mas histórica Cataguasas, meio escondida entre montanhas das Minas Gerais.
Você, Joaquim, como doutor em Literatura, catedrático e exímio poeta, e os jovens Felipe e Roberto, alunos seus no curso de Letras, foram fundo no trabalho de pesquisa, análise e crivo das fontes consultadas. O resultado é um livro primoroso, produzido com fios de ouro puro, de originalíssimo quilate, porque estudo sério, seguro, indispensável, para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a história da literatura brasileira, ou mesmo pelo prazer da leitura de bons livros. No meu caso particular, a leitura é proveitosa nos dois sentidos; eu conheço os passos da geração da Verde e da geração do Totem, mas desconhecia inteiramente o trabalho dos poetas da revista Meia-Pataca.
Quanto à capa do livro é belíssima e sugestiva. A ilustração com perfil dos poetas Lina Tâmego e Francisco Marcelo Cabral, o texto da primeira página da revista, levemente impresso sobre as águas do riacho tendo às margens o verde das matas, é uma configuração genial do fato histórico da descoberta da pataca de ouro e da criação da revista Meia-Pataca. Na contracapa, outra tacada de primeiríssima. A foto em grupo dos autores do livro, para mim, simboliza as duas gerações da literatura cataguasense: de Joaquim Branco, a geração do Totem; de Roberto e Felipe, a geração do pós-Totem. O que mais posso dizer? Talvez uma certa sintonia mágica com o número 3 nas ilustrações. O homem (os poetas), a natureza (o riacho e a mata) e o sonho ou a memória (a poesia, o texto).
Parabéns.
Fico agora aguardando a edição em livro sobre a geração do Totem, reconhecidamente importantíssima. Não apenas por ter se colocado à frente dos projetos de vanguarda, mas também por haver levado o nome da literatura cataguasense para além das terras brasileiras.
Um forte abraço do velho amigo contista amazonense
ADRINO ARAGÃO. (Contista, crítico, autor de “Tigre no espelho”, entre outros livros).
29.09.2007.

Prezado Joaquim Branco:
Há dias, Lina me entregou um exemplar de Meia-Pataca: a
terceira margem, que estou lendo com gosto e proveito. É
uma preciosidade de história literária, enfocando um momento
importante das letras em Minas e no País. Parabéns a você e
aos seus companheiros, Felipe Fritiz e Roberto Júlio.
Hoje, recebo também Cidade Interior, de Francisco Marcelo
Cabral, que já estou lendo.
Cataguases sempre marcando presença!
Abraço de
ANDERSON BRAGA HORTA (Poeta, crítico). Brasília DF.
24.09.2007


Muito estimado Joaquim,
Com muita alegria recebi seu novo trabalho, sobre a Meia-pataca. Já comecei a ler. Impressionante.
Agradeço imensamente sua lembrança e a oportunidade que me oferece de atualizar minha bibliografia crítica.
Grande abraço, com a estima da
CARLINDA NUÑEZ. – Rio de Janeiro
Professora de teoria literária da UERJ, crítica literária. Rio de Janeiro RJ.
26.09.2007

Prezado Joaquim,
Recebi, hoje, o livro Meia-Pataca: a terceira margem.
Importante resgate para o acervo literário da cidade
de Cataguases.
Parabéns a todos: Joaquim, Felipe e Roberto.
HUGO PONTES (poeta visual. Mora em Poços de Caldas MG).
08.10.2007

Belo Horizonte, 1º de outubro de 2007.
Prezado Joaquim Branco.
Recebi o livro Meia-Pataca: a terceira margem.
O estudo profundo realizado por você, Felipe Fritiz e Roberto Júlio sobre os rastros deixados pela revista é notável.
Apresento-lhes meus parabéns.
Junto a este pequenas considerações que fiz sobre os 80 anos do lançamento da revista Verde.
Um grande abraço do amigo e admirador
LUIZ CARLOS ABRITTA (Escritor, presidente da Academia Mineira de Letras). Belo Horizonte.

Oi Joaquim,
recebi aqui o belíssimo e importantíssimo ensaio sobre a Meia-Pataca, obrigado. E parabéns por mais essa empreitada em direção às nossas raízes.
Abraço grande do amigo, que te admira,
luiz ruffato
LUIZ RUFFATO (ficcionista) – São Paulo SP.

São Paulo, 30.setembro.2007
Prezado Escritor.
Encontro, em meio à avalanche de correspondência chegada nos últimos dias, a Meia-Pataca: a terceira margem, que teve a gentileza de me mandar.
Parabéns a todos que participaram da publicação, pois é importante para a memória dos nossos tempos que iniciativas como a da revista Meia-Pataca, nos idos de 40, não se percam na poeira dos arquivos e sejam preservadas em livro. Encontrei nele muitos nomes que me são familiares...
Continuem a produzir... o escrito fica, as palavras voam!
Cordialmente
NELLY NOVAES COELHO (carta) (professora e crítica literária). São Paulo.

Prezados amigos: a leitura de "Meia-Pataca: a terceira margem" nos fez recuar até os anos de 1948-49; esse tipo de resgate é muito importante para nossa memória cultural e mais ainda para quem como nós estava no mesmo barco e acompanhou a saga dos dois números. Reencontramos no livro amigos muito caros e próximos, Marques Rebelo, Francisco Inácio Peixoto, Guilhermino Cesar, além de outros como Drummond, Santa Rosa, Rosário Fusco. Lemos de uma assentada, foi a continuação de nossa conversa, no Rio, com Lina e Marcelo. Vamos manter contacto. Um afetuoso abraço da Eglê e do Salim Miguel.
SALIM MIGUEL (escritor)
07.10.2007

Recebi o livro. Muito obrigada. E excelente!
Parabéns para vocês três e tambem para a Natália Tinoco pela capa. Uma beleza!
TERESINKA PEREIRA (Escritora, professora em Bluffton, EUA)
29.09.2007

Estimado Joaquim.
Com muita alegria recebi o belíssimo ensaio, seu novo trabalho, sobre a Meia-pataca. Excelente! Agradeço imensamente sua lembrança. Parabéns para os 3 que levaram essa empreitada até nós, os leitores.
Abraços da NEIDE SÁ (poeta, artista plástica). Rio de Janeiro. 11.11.2007.

Rio, 27.9.2007
Caro Joaquim Branco,
muito obrigado pelo envio da importante publicação Meia-Pataca: a terceira margem. Um abraço de seu amigo e leitor
ANTONIO CARLOS SECCHIN (professor, crítico, poeta, membro da ABL)

Rio, 2007-2008.
Querido Joaquim Branco, grata pelos altos momentos de prazer intelectual que "Meia-Pataca: a terceira margem" me causou. Trabalho admirável o do trio Branco - Fritiz - Roberto Júlio. [...]
STELLA LEONARDOS (escritora)

10/07/2007

VICTOR GIUDICE E EU


Quando eu trabalhava no Rio com o contista-desenhista-fotógrafo-etc. Victor Giudice, na década de 1980, ele quis fazer a capa de um livro meu sobre Arte Postal. Gostei muito da idéia, mas já havia encomendado a capa a outro grande ilustrador e não pude desfazer a encomenda. Então, num momento de humor, Victor fez esta cena teatral para me demover da promessa e depois bolou a charge em cima do fato. Vale a publicação, ainda que tardia.

10/05/2007

REVELAÇÃO DE POESIA


REVELAÇÃO DE POESIA

Mariele Furtado de Barros



BRANCO, Joaquim. O menino que procurava o reino da poesia. Cataguases: Instituto Francisca de Souza Peixoto, 2004-2005.



O livro O menino que procurava o reino da poesia, de Joaquim Branco, é seu primeiro trabalho dedicado à literatura infanto-juvenil. Contendo apenas vinte e seis páginas divididas em quatro partes correspondentes ao itinerário percorrido por Leonardo, personagem da estória dentro do ‘reino da poesia’, o autor descortina diante do leitor um mundo de sonhos, fantasias, conhecimentos e extrema beleza.
As ilustrações de Reinaldo Apolinário de Castro conferem à obra peculiar valor e beleza, o que reflete na leitura como asas para a imaginação.
Certamente o fato de haver produzido uma narrativa de rara criatividade e indiscutível conteúdo, conferiu ao autor merecidos elogios como os de Lina Tâmega: “O livro é circundado por uma linha didática que faz da leitura um ato agradável, curioso e provocante”. Como comenta a escritora, há no livro uma linha didática fascinante que transforma o ato de ler num momento prazeroso e interessante de incessantes descobertas.
Joaquim Branco desvenda a Leonardo o mundo da poesia, e no sonho do menino leva-o ao encontro de grandes poetas de nossa literatura, como no início, com Gregório de Matos, que lhe fala a respeito do que é ser poeta e da escola barroca.
A narrativa segue, e chegando Leo “Em terras das Minas Gerais” conhece Tomás Antônio Gonzaga. Este fala sobre o século XVIII e as características da literatura influente. Os comentários realizados pelo poeta enfatizam a mensagem cultural da narrativa, permeada de encantos.
Continuando, o menino vai de encontro a outros lugares, de “ares mais quentes” e bela paisagem à beira-mar, onde conhece Gonçalves Dias, que lhe fala do Romantismo, dos temas das composições poéticas e do engenho do criar. As explicações inseridas pelo autor na fala do poeta delineiam o perfil do movimento literário pertinente ao século XIX.
Leo segue, e, chegando ao Rio de Janeiro, conhece numa praça o poeta Cruz e Souza, que fala ao menino sobre o Simbolismo, a sugestão poética, a beleza das imagens metafóricas e a musicalidade dos versos. Leo encontra enfim o ‘Reino da Poesia’, dos sonhos, da beleza, do surrealismo.
Joaquim leva o leitor a penetrar e caminhar pelas vias do mundo da poesia com sutileza e competência. Rosângela Carvalho assim define sua leitura do livro: "Amei cada detalhe, cada palavra, cada explicação, cada nuance profunda de sua sensibilidade, cada detalhe histórico, cada personagem maravilhoso, cada seqüência de sua fragilidade em decantar o passado nas mãos do menino do futuro”.
Portanto, uma leitura prazerosa e essencial a todo leitor, que gosta ou não de literatura, já que desde a primeira linha do texto há vida pulsando nas entrelinhas da narrativa, despertando curiosidade e amor pela arte que revela o homem, a poesia.

* Mariele é acadêmica do 4º período de Letras nas Faculdades Integradas de Cataguases.