12/31/2014

TODOS OS DIAS DE POMPEIA

Um dos mais finos prosadores que o século XIX produziu no Brasil foi Raul Pompeia.

No entanto, poucos críticos da sua época puderam perceber isso, na teia sutil de sua escrita impressionista, de que ressaltam também temperos expressionistas.

Emergindo de um ambiente entre um romantismo tardio e um modismo naturalista, Pompeia teceu uma renda tão trabalhada que, com apenas um livro – O Ateneu –, ocupa um nicho especial na ficção brasileira oitocentista.

Para se ampliar o conhecimento desse grande autor, nada melhor do que a leitura do lançamento da Editora Gryphus intitulado Raul Pompeia - biografia, escrito pelo pesquisador Camil Capaz.

Finalmente, as biografias dos nossos escritores vêm despertando interesse nos estudiosos, e abrindo um caminho para o entendimento maior do tempo em que viveram os biografados e das circunstâncias que ensejaram suas obras.

A biografia de Capaz descortina o cenário político e social da Corte (Rio de Janeiro) no final do século XIX, levanta episódios da vida agitada de Raul Pompeia e, principalmente, ilumina a trajetória do artista que deixou contribuição inestimável, não só para a literatura, pois participou como jornalista de muitos fatos da vida do país (Abolição, República etc.)


O escritor Raul Pompeia em 2 imagens.

12/29/2014

"OS LUSÍADAS" X "GRANDE SERTÃO: VEREDAS"

Quadro Comparativo das obras "Os Lusíadas", de Camões, e "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, aprimorado por mim, a partir de inúmeras leituras dos referidos textos:

12/27/2014

COLÉGIO DE CATAGUASES - II


(Professor Antônio Amaro, diretor do antigo Ginásio de Cataguases)


(Alunos do novo Colégio de Cataguases em 1950)


(Alunos do Colégio Cataguases)


(antigo caminho para o Colégio)


(Alunos 1946)


(Alunos em 1959)


(1959)


(1959)

COLÉGIO DE CATAGUASES - I

(Alunos e professores - 3º Científico de 1959)

(Alunos externos e internos - 3º Científico 1959)

(Alunos externos - 3º Científico 1959)

(Professor Gradim entrega ao aluno Pedro José Branco Ribeiro o diploma do 3º Científico 1959)

12/18/2014

ENCONTRO CORAL


Ontem (17-12-2014) compareci a um evento interessante. O lançamento de um CD de registro para o Hino de Cataguases e um curta-metragem de Emanuel Messias tendo como tema um poema de Ascânio Lopes. Foi uma reunião agradável entre amigos-artistas e artistas-amigos. Agradeço pelo convite. Valeu a pena.
A propósito, lembrei-me de um texto que escrevi há tempos sobre um "Encontro de Corais" no Edgard Cine Teatro:

ENCONTRO DE CORAIS

Vozes veladas
veludosas vozes
volúpias de violões
vozes veladas. (Cruz e Sousa)

Um coro de vozes é uma reza unida que nunca vai-se apagar.

Ela atravessa as gargantas da História, vara o tempo, para se colocar no interior do Livro dos Cantos.

Este livro representa sua sentença de vida, ou a sua própria história.

Desde as primeiras vozes asiladas aqui no início do século, passando pelos Verdes – no Meia Pataca ainda de águas claras e límpidas – às décadas de 50, 60 e até hoje, Cataguases ouviu, de dentro de suas montanhas, inúmeros cânticos, todos eles corais, porque em grupos.

Celinas, Cabrais, Franciscos, Linas, Fuscos, Ascânios, Henriques, Wernecks e companhia ilimitada. Em outra leva, Lilas, Pierres, Rogérios, Lourdes, Alcinas, Celestes e muitos corais de igrejas e internatos, escolas e bandas de música.

Eram e são agora cantos corais de sempre, colhidos no vento e escritos em mil vozes na História.

O que seria a interpretação de um encontro de todos esses corais?

Um desfilar de vozes que foram, um dia, cada uma em si, e agora buscam eternamente ser um único som, uma só voz. Um encontro do encontro do encontro do encontro...que felizmente nunca vai terminar.
(visual da ponte por Natália Tinoco)