2/02/2014
A MULHER NO SÉCULO DAS LUZES
Émilie Émilie - a ambição feminina no século XVIII
Elisabeth Badinter
Trad. Celeste Marcondes
Paz e Terra/Discurso Editorial/Duna Dueto.
O que mais se identifica com o século XVIII europeu do que a máxima de Hegel: “Nada de grande se faz jamais sem paixão”? Assim, tudo que, em tempos passados, representava equilíbrio e indiferença às vicissitudes da vida foi afastado em prol de uma nova moda que era viver sob a ótica do amor e das emoções.
O Setecentos trouxe não só o progresso das ciências, a Revolução Industrial, a Ilustração e a Encyclopédie, como o nascimento do romance como gênero literário popular em substituição às liras pastoris, epopeias e histórias de feitos virtuosos.
Por outro lado, o poder dos reis ainda no auge e a aristocracia brilhando nos salões retratam tanto esse século quanto o início de uma classe em ascensão: a dos burgueses.
Como tempero a essas transformações que iriam alterar o curso da história, a vida de duas mulheres notáveis – as primeiras pensadoras – mexe com a nossa curiosidade ao ler a obra de Elisabeth Badinter Émilie Émilie - a ambição feminina no século XVIII, edição tríplice da Paz e Terra, Discurso Editorial e Duna Dueto.
Tendo como pano de fundo o Século das Luzes, a história de duas damas da aristocracia francesa – Madame de Châtelet e Madame d’Epinay, ou simplesmente Émilie e Louise – é magnificamente descrita no ambiente de sedução e de lances de fingimento e coragem na Corte.
A historiadora francesa Elisabeth Badinter deu ao seu trabalho, por um lado características de pesquisa séria, por outro uma tonalidade romanesca que o torna de sabor inigualável para leitores exigentes de todas as idades e gostos. Ler este livro é penetrar nos salões imperiais dos tempos do Iluminismo.
(publicado no jornal "Cataguases"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário