2/17/2008

OSWALDO ABRITTA - Poema


A RUA DA ESTAÇÃO

A rua da Estação em Cataguases,
à noite, é silenciosa
e os automóveis sobre ela deslizam
como se deslizassem sobre um tapete...
Passam homens, mulheres apressadas
para o footing da Praça Rui Barbosa,
onde eu vejo sempre uma melindrosa
defendendo o charleston e falando
em crepes da China e fios de Escócia
e meias bege...
Mal sabe ela que eu a sigo silencioso
só porque ela se parece com um mapa
da América do Sul, colorido...
A rua da Estação em Cataguases, durante o dia,
é tumultuosa como os grandes centros.
Passam rapazes sem paletó e vão dizendo "olá "
para os conhecidos...
Caminhões, carroças...
Tudo exprime vida, força, energia, entusiasmo
nesta cidade principesca...
A rua da Estação é a vida de Cataguases.
(16.01.1928)

(na foto: Oswaldo, a esposa Yolanda e o filho Luiz Carlos, em 1938)




9 comentários:

Anônimo disse...

Caro Joaquim Branco
Muito me emocionou ver a foto de Oswaldo Abritta e família, pois me permitiu identificar em definitivo a sua presença em uma fotografia com seu irmão Oduvaldo Abritta, meu pai. Poderia me enviar o seu email, pois tenho muitas fotografias, inclusive de Guilhermino que era padrinho de meu irmão.
Teócrito Abritta
abritta@if.ufrj.br

Priscila Lopes disse...

Belíssima composição de imagens-palavras-emoções! Poema denso, bem arquitetado, na dose certa. Pude desfrutar por segundos do que o meu querido Ronaldo Werneck (e você) vive por aí...

Apareça no Cinco Espinhos e conheça nossa proposta.

Abraços!

Anônimo disse...

É sempre uma alegria ver pessoas sendo reconhecidas por suas obras.
Obras que no reverso nos fazem conhecê-las.
Um tio querido que aprendi a respeitar pelos relatos de meu pai.
Obrigada pelo presente, não só a família Abritta mas a Cataguases toda, que merece ser lembrada pelos bons frutos produzidos.
Isabel Abritta

Marcílio Abritta disse...

Espetacular o seu blog, doutor!

Grande abraço.

Marcílio Abritta

Priscila Lopes disse...

Querido, só agora percebi no comentário no post - no primeiro post - do Cinco Espinhos, que vc fez em fevereiro.

Somos nós mesmas que fazemos a "garimpagem". O seu blog, por exemplo, já conheço. Logo logo pinta algo seu por lá, com certeza!

É excelente.

Abraços

Inês disse...

Caríssimo Joaquim:
Você como sempre oferecendo aos nossos olhos e mente a beleza das letras.
E para completar esta emoção forte: que é a homenagem que vem fazendo ao meu saudoso tio Oswaldo Abritta.

A Família Abritta agradece seu empenho e dedicação ao publicar poemas de Oswaldo Abritta.

Abraços!

Inês Abritta
miabritta@zipmail.com.br

Anônimo disse...

Oi Joaquim!
Belo poema este, não?
Gostei muito e apesar de não ter vivido na Cataguases do ano em que o mesmo foi escrito, mas por visitá-la com uma certa frequência, pude visualizar cada estrofe.
Um abraço,
Camila Brigante
camila.brigante@uol.com.br

angela disse...

preciso do brasão da familia abritta será que pode me ajudar?
quero bordadr 1 camiseta para o senhor Mauro Sergio Abritta
somos de GRAVATAI R-S
Oque tenho de imagem é um adesivo do 1 encontro e é muito indefinido
preciso de uma imagem bem definida
par faser o bordado tentei vários sites e não concegui pode ser em corel ou jpeg
desde já obrigado
ATT :Ângela Hercz

Anônimo disse...

Sr.Joaquim,fiquei deverasmente emocionado,ao ver o poema de meu pai publicado em seu blog.È bom saber que ainda existem pessoas interessadas em cultura, e que neste mundo louco ainda tiramos tempo para apreciar um belo poema. Obrigado,Oswaldo Abritta Filho.(oswaldoabritta@uol.com.br) B.Hte.MG 15 de janeiro de 2010.